O palco está montado para o maior jogo do futebol europeu. Paris Saint-Germain e Inter de Milão se enfrentam neste sábado (31), às 21h (horário da Europa Central), na Allianz Arena, em Munique, pela grande final da UEFA Champions League 2024/25. A partida marca o encerramento de uma temporada marcada por altos e baixos para ambas as equipes, mas com um peso simbólico especial para os italianos, que buscam reescrever a própria história recente no cenário continental.
Após uma campanha doméstica aquém das expectativas, a Internazionale chega à decisão europeia com um sentimento claro de missão inacabada. A equipe, que não conquistou títulos nacionais pela primeira vez em cinco anos, perdeu a Supercopa Italiana para o rival Milan e foi eliminada da Coppa Italia também pelos Rossoneri. No Campeonato Italiano, os nerazzurri, tidos como favoritos ao título após a conquista do Scudetto em 2022/23, viram a taça escapar na rodada final.
A Inter já chegou à decisão da Champions sob o comando de Simone Inzaghi na temporada 2022/23, quando perdeu por 1 a 0 para o poderoso Manchester City. Agora, o objetivo é claro: terminar o que começou.
A final da UEFA Champions League 2024/25 entre PSG e Inter de Milão terá transmissão ao vivo para o Brasil pelos canais da TNT Sports e pela plataforma de streaming HBO Max.
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De crise à reconstrução: o renascimento da Inter de Milão
A trajetória recente da Inter é marcada por transições turbulentas e uma reconstrução ambiciosa. Após a saída de José Mourinho em 2010, o clube mergulhou em um período instável, com sucessivas trocas de técnicos e desempenho abaixo do esperado. Entre 2011 e 2013, queimou três treinadores e não passou da 6ª posição na Serie A.
Em 2013, o então presidente Massimo Moratti, após investir mais de €1,5 bilhão de seu próprio bolso, vendeu o clube diante da insustentabilidade financeira. A prioridade dos novos donos era tornar o clube viável economicamente — o que custou caro em termos de performance.
A virada começou em 2016, com a aquisição pelo grupo chinês Suning Holdings, que injetou mais de €300 milhões nas duas primeiras temporadas, ainda sem sucesso imediato. A mudança veio em 2019, com a chegada de Antonio Conte. Com um elenco estrelado por Romelu Lukaku, Achraf Hakimi, Christian Eriksen, Nicolò Barella e Lautaro Martínez, a Inter foi vice-campeã italiana em seu primeiro ano e campeã no segundo, encerrando um jejum de 10 anos sem Scudetto.
Apesar do sucesso, Conte deixou o clube insatisfeito com as vendas de jogadores-chave. Mas, ao contrário do passado, a Inter soube se adaptar. A gestão esportiva passou a ser baseada em jovens promissores e contratações inteligentes, com foco em sustentabilidade e competitividade.
Com Simone Inzaghi no comando desde 2021, a Inter vive um de seus momentos mais consistentes na década. Adotando o esquema tático 3-5-2, o ex-treinador da Lazio já levou o clube a duas Copas da Itália, duas Supercopas e a sua segunda final de Champions League em três anos.
O post O retorno da Inter de Milão: como o time reconstruiu seu caminho ao topo apareceu primeiro em Sportbuzz.