O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) condenou o Palmeiras ao pagamento de uma multa total de R$ 240 mil devido a infrações cometidas no Dérbi contra o Corinthians, válido pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro, em abril, na Arena Barueri. As punições foram aplicadas após o arremesso de objetos — incluindo duas cabeças de galinha — e pelos cânticos homofóbicos direcionados ao atacante Ángel Romero, do clube rival.
A decisão foi tomada nesta sexta-feira (13), durante sessão da 3ª Comissão Disciplinar do STJD, com o clube alviverde sendo defendido pelo advogado Osvaldo Sestário. O julgamento avaliou denúncias com base nos artigos 213 (arremesso de objetos), 191 (cumprimento de dever legal) e 243-G (prática discriminatória) do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD).
Detalhamento das multas aplicadas ao Palmeiras
O relator do caso, o vice-presidente do STJD, Rafael Bozzano, defendeu as seguintes penalidades, levando em consideração que os autores das infrações não foram identificados:
R$ 20 mil pelo arremesso de um copo;
R$ 20 mil pelo arremesso de um chinelo;
R$ 120 mil pelo arremesso de duas cabeças de galinha (R$ 60 mil cada);
R$ 80 mil pelos cânticos homofóbicos contra Romero, do Corinthians.
🚨 Palmeiras é penalizado pelo STJD por ocorrências em Derby
O STJD julgou o Palmeiras pelas cabeças de galinhas e homofobia e determinou ao clube o pagamento de multa de R$ 160 mil pelos objetos atirados no gramado e pela manifestação sexista, mais R$ 80 mil.#Palmeiras pic.twitter.com/vBxpQpb1z5
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Divergências na comissão, mas com vitória do voto do relator
Houve divergências durante o julgamento, especialmente em relação aos valores. José Maria Philomeno e Pedro Gonet sugeriram reduzir as multas referentes ao copo e ao chinelo, propondo quantias entre R$ 3 mil e R$ 5 mil. Já a presidente da Comissão, Adriene Hassen, defendia a inclusão de uma punição mais severa, como a perda de um mando de campo, em virtude dos cânticos homofóbicos.
Apesar das discussões, o voto de Bozzano prevaleceu, mantendo os valores máximos das multas e descartando a perda de mando.
Súmula registrou objetos e cânticos discriminatórios
O árbitro da partida, Rafael Klein, relatou na súmula o arremesso de objetos em quatro momentos distintos:
Aos 11 minutos do primeiro tempo, um copo;
Aos 22 e 43 minutos do segundo tempo, as duas cabeças de galinha;
Nos acréscimos da etapa final, um chinelo.
Os cânticos homofóbicos contra Romero não foram percebidos pela equipe de arbitragem em campo. O episódio foi incluído posteriormente em um adendo à súmula, baseado em imagens de vídeo e registros da imprensa.
Corinthians reage e cobra punição mais severa
Diante da decisão, o Corinthians emitiu um ofício endereçado à CBF e ao STJD, manifestando “profunda preocupação e inconformismo”. O clube afirmou que esperava uma punição mais dura ao Palmeiras, sobretudo pela prática discriminatória contra seu atleta.
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