A Polícia Civil de Rondônia e Paraná deflagraram na manhã desta terça-feira (24) a Operação Falso 9, após parte do salário dos jogadores Gabriel Barbosa (o Gabigol), e Walter Kannemann, do Cruzeiro e Grêmio respectivamente, serem extraviados das contas dos jogadores para outras em posse dos criminosos. Parte dos valores podem ter fluído para criptomoedas, segundo apuração exclusiva do Livecoins.
Para realizar a operação de fraude bancária, os investigados emitiam falsos documentos com informações reais dos jogadores, mas fotos de pessoas laranjas. A manobra tinha como objetivo criar contas novas em bancos e permitir a ação criminosa. Autoridades ainda apuram quantas pessoas podem ter sido vítimas deste esquema.

Com as contas abertas em um banco digital, os criminosos solicitavam a portabilidade dos salários dos famosos jogadores brasileiros para a conta em sua posse. Informações compartilhadas pelo Delegado de Polícia do Paraná, Thiago Lima, indicam que Gabigol perdeu R$ 800 mil e Kannemann outros R$ 400 mil, totalizando R$ 1,2 milhão de prejuízo com a fraude.
Desconfiada, uma das instituições financeiras suspeitou das operações bancárias e denunciou as falsificações para as autoridades. Detectada a fraude no final de 2024, as instituições devolveram os salários dos jogadores para suas contas e assumiram o prejuízo, disse Lima em coletiva nesta terça.
Na operação desta terça, a PCPR prendeu duas pessoas, um dos alvos que seria o líder do esquema, preso em Curitiba. No Paraná, vários equipamentos e documentos foram apreendidos, mas em Rondônia houve ainda mais apreensões, conforme apurou a reportagem (leia abaixo).
Operação Falso 9 encontrou grande parte do valor roubado pelos criminosos que roubaram Gabigol e Kannemann em dinheiro em espécie; justiça autorizou ofício a corretoras de criptomoedas
Já em Rondônia, a Operação Falso 9 ocorreu sob o comando da Delegada Simone Barbieri da Polícia Civil. Em coletiva de imprensa na manhã desta terça, ela deu maiores informações sobre o caso em andamento.
“A Polícia Civil de Rondônia, em estreita colaboração com o Ministério da Justiça e Segurança Pública, reafirma seu compromisso inabalável com a segurança da sociedade e o combate rigoroso a todas as formas de fraude digital“, diz Barbieri.
Ela acrescenta que, casos como esse, que exploram a vulnerabilidade de dados pessoais, reforçam a necessidade de constante vigilância e da união de esforços entre as forças de segurança, o setor privado e a população para desmantelar essas redes criminosas.
De qualquer forma, a reportagem apurou que no Estado do Norte do Brasil foram encontrados mais de R$ 500 mil em espécie.

Outra parte do valor subtraído das contas dos jogadores pode ter virado criptomoedas com a ação dos estelionatários, apurou o Livecoins com a delegada de Rondônia, que disse que a Justiça já autorizou o envio de Ofício para corretoras de criptomoedas. Contudo, as corretoras ainda não informaram se há valores em criptomoedas. De qualquer forma, para dissipar o patrimônio, eles compraram vários produtos e contrataram serviços no processo de lavagem de dinheiro.
Bens apreendidos e mais de 100 agentes cumprindo mandados
Além disso, em posse dos alvos da operação estavam arma de fogo, drogas, documentos e vários dispositivos eletrônicos. O material segue a disposição da justiça para análise e investigação do mecanismo de ação dos suspeitos.

Por fim, foram expedidos 33 mandados judiciais, sendo 22 de busca e apreensão domiciliar, nove de prisão preventiva e dois de prisão temporária. Ações ocorrem em Almirante Tamandaré (PR), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Lábrea (AM) e Porto Velho (RO). A operação contou com a participação de mais de cem policiais civis, além do apoio das Polícias Civis do Amazonas (AM) e a de Mato Grosso (MT), além de apoio do MJSP.
Fonte: Parte do salário de Gabigol e Kannemann pode ter virado criptomoedas após golpe milionário em bancos
Veja mais notícias sobre Bitcoin. Siga o Livecoins no Facebook, Twitter, Instagram e YouTube.