Níveis “alarmantes” de microplástico foram encontrados em grandes rios da Europa, de acordo com cientistas em 14 estudos publicados simultaneamente nesta segunda-feira (07), segundo informações da AFP.
A poluição por microplásticos foi detectada em todos os rios europeus estudados, com uma média de três partículas por metro cúbico de água, segundo um dos estudos, liderado pelo cientista francês Jean-François Ghiglione.
A pesquisa envolveu nove grandes rios, como o Tâmisa e o Tibre, e revelou uma poluição alarmante, embora em níveis inferiores aos dos rios mais poluídos do mundo, como o Yangtze e o Ganges.
No entanto, os estudos destacam que, em rios como o Ródano, o fluxo rápido resulta em até 3.000 partículas por segundo.
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Partículas invisíveis se espalham
- Uma descoberta surpreendente foi que a massa de microplásticos invisíveis, que não podem ser vistas a olho nu, é mais significativa que a de partículas visíveis.
- Esses microplásticos, menores que um grão de arroz, incluem fibras sintéticas de roupas, resíduos de pneus e pellets plásticos industriais, conhecidos como “lágrimas de sereia”.
- Esses grânulos plásticos podem ser encontrados também nas praias após incidentes marítimos.
Além disso, os pesquisadores identificaram uma bactéria patogênica associada a um microplástico no rio Loire.
Os estudos, que contaram com a colaboração de 40 cientistas de 19 laboratórios, sugere que a poluição plástica nos rios é difundida e originada de diversas fontes, incluindo a produção industrial de plástico.
Os cientistas alertam para a necessidade urgente de reduzir a produção de plástico primário para combater essa poluição crescente.

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