O Secretário de Estado Marco Rubio anunciou que os EUA pretendem revogar vistos de estudantes chineses ligados ao Partido Comunista ou envolvidos em áreas estratégicas, como inteligência artificial.
A medida, parte da política mais ampla do governo Trump para limitar a entrada de estudantes internacionais, gerou forte reação de acadêmicos e especialistas, que alertam para o risco de esvaziar os laboratórios americanos de talentos cruciais, conforme mostra o WIRED.
Perda de estudantes estrangeiros preocupa
- Helen Toner, da Universidade de Georgetown, argumenta que impedir o fluxo global de cérebros enfraquece a posição dos EUA na corrida tecnológica com a China.
- Cientistas como Vincent Conitzer (Carnegie Mellon) e Rebecca Willett (Universidade de Chicago) destacam que a presença de estudantes internacionais sustenta programas de pós-graduação em STEM — áreas responsáveis por inovações em IA e computação — e que sua ausência pode comprometer a liderança americana.
- Dados mostram que estrangeiros representam 46% dos doutorados em STEM nos EUA. Em departamentos como ciência da computação, são maioria.
- Além do impacto intelectual, esses alunos geralmente pagam mensalidades integrais, o que viabiliza a expansão das universidades sem prejuízo para os estudantes nacionais.
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Talentos dos EUA já estão sendo captados por outros países
A decisão ocorre enquanto outros países intensificam esforços para atrair estudantes dos EUA e seus talentos, em um movimento que muitos descrevem como “ganho de cérebros” — e que pode significar uma “fuga de cérebros” para os americanos.
O Reino Unido, Canadá e Hong Kong já lançaram programas para acolher esses talentos.

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