Uma coleção milenar de afrescos do Império Romano foi recuperada por arqueólogos em Londres. Os fragmentos de gesso pintado foram descobertos entre os destroços de uma antiga construção romana demolida por volta de 200 d. C., explica a equipe em comunicado. Uma vez montadas, as peças do “quebra-cabeça” revelaram algo visto pela última vez há mais de 1.800 anos.
Entenda:
- Afrescos milenares do Império Romano foram descobertos entre os destroços de um edifício em Londres;
- Estima-se que o prédio tenha sido demolido em 200 d.C., e os fragmentos de gesso pintado permaneceram enterrados desde então;
- Como grandes quebra-cabeças, as peças foram remontadas e revelaram alguns desenhos que não eram vistos há mais de 1.800 anos;
- Um material raro também foi usado em alguns dos painéis.
O trabalho de remontagem das peças romanas levou vários meses e envolveu milhares de fragmentos. Todas as partes estavam misturadas quando os arqueólogos as encontraram, e muitas delas eram extremamente frágeis. A tarefa foi “como montar o quebra-cabeça mais difícil do mundo”, conta Han Li, líder da equipe de reconstrução dos afrescos.
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‘Quebra-cabeça’ do Império Romano possui material raro

Aos poucos, a coleção foi revelando uma série de desenhos que não eram vistos há mais de 1.800 anos – incluindo imagens de pássaros, frutas e liras (instrumento musical de corda). E a descoberta mais notável é que alguns dos painéis foram criados com giallo antico, um tipo de mármore amarelo raramente encontrado em sítios arqueológicos de Londres.
A hipótese é de que os afrescos tenham sido inspirados em murais de outros territórios do Império Romano – como Lyon, na França, e Colônia, na Alemanha – e criados como uma representação “da riqueza e do bom-gosto” do proprietário do edifício original.
Criador dos murais pode jamais ser descoberto

Durante o trabalho de reconstrução, a equipe também encontrou os restos da assinatura do criador dos painéis. Foi possível identificar a palavra “fecit“, latim para “fez isto”, mas o nome do artista não foi localizado e, provavelmente, como apontam os pesquisadores, permanecerá um mistério para sempre.
O trabalho de análise dos afrescos ainda está em andamento, e os resultados devem ser publicados futuramente.
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