Uma operação da Polícia Federal (PF) deflagrada na manhã desta quinta-feira, 10, mira um grupo acusado de desviar recursos públicos destinados à saúde em Sorocaba, no interior paulista. Um dos investigados é o prefeito Rodrigo Manga (Republicanos), que comanda a cidade desde 2021.
Foram cumpridos 28 mandados de busca e apreensão em cidades de São Paulo e da Bahia. A operação, batizada de Copia e Cola, teve como alvos a sede da Prefeitura de Sorocaba, a residência e o gabinete do prefeito, a Secretaria Municipal da Saúde, o diretório local do partido Republicanos e a casa do ex-secretário da Saúde, Vinicius Rodrigues.
O que levou à operação em Sorocaba?
A investigação teve início em 2022. A PF apura suspeitas de irregularidades na contratação de uma Organização Social (OS) para gerir ações e serviços de saúde no município. Segundo a corporação, há indícios de corrupção, lavagem de dinheiro e fraudes em processos licitatórios.
Durante a operação, os agentes encontraram cerca de R$ 600 mil em espécie em imóveis e veículos ligados aos investigados. Parte do montante estava escondida em uma caixa no porta-malas de um carro.
Entre os investigados, além de Vinicius Rodrigues, aparece também o ex-secretário de Governo e Administração, Fausto Bossolo. A PF analisa ainda o possível envolvimento de uma igreja e de um empresário do ramo imobiliário em Sorocaba.
Mais de 100 agentes federais participaram da ação, que ocorreu simultaneamente em Sorocaba, Araçoiaba da Serra, Votorantim, Itu, São Bernardo do Campo, São Paulo, Santo André, São Caetano do Sul, Santos, Socorro, Santa Cruz do Rio Pardo, Osasco e Vitória da Conquista (BA).
Rodrigo Manga foi eleito prefeito em 2020, após dois mandatos como vereador. Antes da vida política, trabalhou como vendedor de carros em Sorocaba, cidade onde ficou conhecido por vídeos promocionais que gravava nas concessionárias.
Com formação em marketing, o prefeito adotou uma estratégia de comunicação voltada às redes sociais. A produção constante de reels (vídeos curtos e atrativos) tem ampliado seu alcance na internet, rendendo convites para programas de rádio e TV.
A reportagem da TV TEM solicitou um posicionamento da Prefeitura de Sorocaba sobre a operação, mas não obteve resposta até o momento.
Além da investigação criminal, a Justiça determinou o sequestro de bens e valores que somam R$ 20 milhões. A OS sob suspeita está proibida de firmar novos contratos com o poder público.
Os crimes em apuração são corrupção passiva, corrupção ativa, peculato (desvio de dinheiro público), ocultação de patrimônio, contratação direta ilegal e frustração de licitação.
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