A norte-americana Coco Gauff, atual número 3 do ranking da WTA, garantiu vaga na final do Roma Open 2025 após uma verdadeira batalha contra a chinesa Qinwen Zheng (8ª do mundo), vencendo por 7/6 (7-3), 4/6 e 7/6 (7-4), em uma partida intensa e dramática que durou 3h32. Com o triunfo, Gauff enfrentará a italiana Jasmine Paolini, que superou a compatriota Peyton Stearns por 7/5 e 6/1, na grande decisão do torneio disputado no saibro da capital italiana.
A vitória já garante a Gauff, de apenas 21 anos, o posto de número 2 do mundo na próxima atualização do ranking, ultrapassando a polonesa Iga Swiatek, que deixará o top 3 após não defender os pontos conquistados com o título em Roma no ano passado.
Números da partida Coco Gauff x Qinwen Zheng em Roma
Apesar de cometer 16 duplas-faltas, contra apenas quatro da chinesa, Gauff foi mais eficiente com o primeiro serviço, vencendo 60% dos pontos com o saque inicial, frente a 52% de Zheng. A partida teve uma enorme quantidade de quebras de serviço, com múltiplas trocas em todos os sets, o que refletiu o equilíbrio e a intensidade do duelo.
O primeiro set foi marcado por alternância nas quebras entre os games 5-6, 8-9 e 11-12, e decidido no tie-break com superioridade da norte-americana na devolução. No segundo set, Zheng começou mais agressiva e chegou a abrir 3/0, mas perdeu o domínio, ainda que tenha garantido a parcial com a quebra inicial. O set decisivo seguiu com padrão semelhante: quebras alternadas, pontos longos e tensão até o final. No tie-break, uma mini-quebra no oitavo ponto foi suficiente para selar a vitória da cabeça de chave número 3.
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Gauff mira título inédito no saibro e projeta Roland Garros
Campeã do US Open 2023, do WTA Finals 2023 e dona de dois títulos de nível 1000, Coco Gauff ainda busca seu primeiro troféu de grande expressão no saibro. Ela foi vice-campeã de Roland Garros em 2022 e de Madri em 2025, e agora chega pela terceira vez à semifinal em Roma — desta vez como a jogadora de melhor ranking entre as finalistas.
“Estou muito confiante no saibro. Acho que é uma superfície que funciona bem para o meu jogo. Eu adoraria ganhar um título importante, adoro jogar aqui e espero ir ainda mais longe”, declarou Gauff em entrevista na última quarta-feira (14). “Mas sei que tenho um longo caminho até o troféu e preciso encarar jogo a jogo, tentando melhorar a cada partida. Quando você olha muito para o futuro pode ser mais uma maldição do que uma bênção.”
A americana também comentou sobre sua rival Iga Swiatek, tetracampeã de Roland Garros, mas que vive temporada abaixo das expectativas: “Com certeza, o cenário muda um pouco quando você vê alguém que venceu Roland Garros tantas vezes não tendo os melhores resultados. Acho que dá muita confiança às jogadoras quando a enfrentam. Mas você também tem que respeitar o fato de ela ser tetracampeã em Roland Garros”, disse Gauff.
“Eu sempre acho que se alguém vence um torneio tantas vezes, independentemente da forma em que esteja, definitivamente consegue encontrar uma maneira de vencer novamente. Se eu for jogar contra ela em Paris, eu esqueceria o resultado de Madri, nem pensaria nisso e esperaria que ela jogasse seu melhor tênis.”
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