O delegado de polícia civil de Santa Catarina Ulisses Gabriel confirmou que a autoridade já investiu pesado em softwares que rastream criptomoedas para combate ao crime. A sua fala ocorreu durante o segundo dia do 1º Congresso Internacional do Procon SC, realizado nos dias 4 e 5 de junho, em Florianópolis.
Trabalhando com foco em combater crimes digitais, o delegado destacou o crescimento de atividades de phishing. A prática consiste em enviar e-mails e mensagens para vítimas, a fim de roubar dados e informações pessoais para posterior lucro.
Com relação a repressão a golpes e fraudes, Gabriel declarou que a PCSC já tem uma cartilha de segurança, além do investimento em softwares especiais.
“Criamos uma cartilha de prevenção a fraudes: sextorsion, golpes com malwares e códigos que jogam vírus de captura de informação para dentro dos hardwares das pessoas. Criamos também um ‘Ciberlab’ na Polícia Civil para monitoramento de redes e setor de fraude financeira. Fizemos grande aquisição de softwares de alto desempenho para buscar informações e que rastream criptomoedas, já que grande parte dos criminosos fazem a conversão para esconder os ativos da organização criminosa“, explicou o Delegado Ulisses Gabriel.

Em cartilha apresentada pela polícia civil de Santa Catarina, as criptomoedas são citadas como pano de fundo de pirâmides financeiras
Considerado um dos painéis mais aguardados do segundo dia do evento do Procon SC, o delegado Ulisses Gabriel deixou claro que a polícia já criou uma cartilha com vários crimes e fraudes online para consulta pública.
E no material as criptomoedas surgem no Glossário, onde o conceito inicial do bitcoin e transações em blockchain são apresentadas. Além disso, a cartilha deixa claro que várias pirâmides financeiras utilizam a imagem do bitcoin e outras criptos para prometer lucros acima do mercado.
“Vários produtos e investimentos podem ser usadas como plano de fundo para o golpe, como criptomoedas, investimentos em franquias, imóveis e outras coisas“, diz a cartilha apresentada pelo delegado Ulisses Gabriel.
Como medida de prevenção, a cartilha pede que os investidores estudem o mercado antes de realizar qualquer aporte. Dentre outras medidas, consultas ao “Reclame Aqui” e o próprio site da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) pode mitigar danos.
Vale o destaque que o Procon de Santa Catarina em Chapecó já apurou denúncias contra uma empresa de criptomoedas suspeita no estado, com apoio do Ministério Público. Com o novo software de rastreio de criptomoedas, a polícia civil mostra que poderá colaborar com futuras investigações envolvendo este setor.
Fonte: Santa Catarina já rastreia criptomoedas, confirma delegado
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