TDAH pode estar ligado a níveis elevados de metais pesados no corpo

Um novo estudo aponta que a exposição a metais pesados pode estar associada à prevalência de Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH). A conclusão é de pesquisadores da Universittat Rovira i Virgili, da Espanha.

A equipe investigou as concentrações de 15 substâncias na urina de 190 crianças de 6 a 15 anos. Deste total, 124 foram diagnosticadas com a condição. A pesquisa foi publicada no Journal of Attention Disorders.

Chumbo, cádmio, cobre e antimônio podem aumentar chances do transtorno

De acordo com os cientistas, as crianças com a maior quantidade de chumbo, cádmio, cobre e antimônio na urina apresentaram uma maior incidência de TDAH. Além disso, níveis elevados de cobre e cádmio foram associados a sintomas de desatenção mais graves, e maiores quantidades de cobre e antimônio podem ter ligação com um aumento nos comportamentos de hiperatividade-impulsividade.

Pesqusadores associaram transtorno à exposição de metais pesados (Imagem: MGARCIA_CREATIVE/Shutterstock)

Todos os metais analisados fazem parte do nosso cotidiano e podem ter a exposição reduzida a partir de algumas pequenas ações. O uso de filtros de água, praticar uma boa higiene e evitar o consumo excessivo de grãos, como arroz, trigo e cevada, são algumas alternativas.

Apesar do resultado da pesquisa, é importante ressaltar que não há uma comprovação de que os elementos causam o TDAH. Além disso, o estudo só analisou elementos externos, sem levar em conta questões genéticas, consideradas as causadoras da condição.

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Transtorno afeta entre 5% e 8% da população mundial (Imagem: Phalexaviles/Shutterstock)

Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade

  • O TDAH é um transtorno neurobiológico com causas genéticas e que afeta entre 5% e 8% da população mundial. 
  • No Brasil, a estimativa é de que 2 milhões de pessoas tenham a condição.
  • Ela é caracterizada por dificuldades de atenção, hiperatividade e impulsividade.
  • O transtorno afeta a capacidade de concentração, organização e controle do comportamento.
  • Segundo os cientistas, ele pode surgir na infância e persistir na vida adulta. 
  • O tratamento geralmente envolve uma abordagem multidisciplinar, com medicamentos, terapia comportamental e intervenções educacionais. 

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