Terras raras: Brasil tem plano para se tornar uma potência

Fundamentais para a fabricação de diversos produtos modernos e no centro da disputa geopolítica pela hegemonia tecnológica global. As terras raras são elementos químicos presentes na crosta terrestre, mas que são difíceis de se encontrar em grandes quantidades.

Também chamados de metais raros, eles são amplamente usados para criação de ímãs superpotentes, baterias de carros elétricos, turbinas e até telescópios espaciais. E o Brasil conta com importantes depósitos destes recrusos.

Os minerais fazem parte da disputa global entre EUA e China (Imagem: Knight00730/Shutterstock)

Importância geopolítica das terras raras

  • Hoje, a extração destes recursos está concentrada em apenas alguns países, sendo a China responsável por mais de 70% deste importante mercado.
  • Por outro lado, os EUA têm um acesso limitado aos recursos.
  • Como a demanda tende a aumentar ainda mais, uma corrida pelos minerais começou.
  • O presidente Donald Trump, por exemplo, fechou um acordo com a Ucrânia envolvendo os metais raros.
  • Ao mesmo tempo, a Groenlândia conta com um importante suprimento destes recursos.
  • E não é coincidência que a Casa Branca esteja de olho na região, com o republicano inclusive ameaçando tomar o território militarmente.
  • A importância destes recursos também pode ser verificada no mais recente acordo entre EUA e China.
  • O compromisso estabelece a manutenção de tarifas de 55% dos Estados Unidos sobre produtos chineses e de apenas 10% por parte de Pequim sobre os bens norte-americanos.
  • Mas o ponto mais relevante é a garantia por parte da China do fornecimento destas matérias-primas essenciais para os EUA.

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Terras raras.
Metais são usados para criação de ímãs superpotentes, baterias de carros elétricos, turbinas e até telescópios espaciais (Imagem: Joaquin Corbalan/Shutterstock)

País ainda não aproveita todo o potencial dos recursos

Agora que a importância das terras raras ficou clara, saiba que o Brasil também pode desempenhar um papel importante neste contexto. Isso porque o nosso país detém a segunda maior reserva global dos minerais, com cerca de 21 milhões de toneladas. Apesar deste potencial, o Brasil ainda não domina plenamente a tecnologia de beneficiamento e transformação industrial. Isso significa que o país exporta estes recursos como commodities brutas.

O próprio Ministério de Minas e Energia (MME) reconhece o problema, mas enxerga uma oportunidade histórica. Segundo a pasta, “o Brasil tem diante de si uma janela de oportunidade para desenvolver uma robusta indústria de processamento de terras raras, fazendo uso de sua farta oferta de energia limpa, renovável e competitiva”.

Brasil quer desenvolver tecnologia de extração dos minerais (Imagem: Phawat/Shutterstock)

Neste sentido, o governo federal e instituições parceiras vêm investindo em iniciativas para desenvolver tecnologia nacional e atrair investimentos para o setor, segundo informações do G1. É o caso, por exemplo, de um fundo de participação de R$ 1 bilhão voltado ao financiamento de projetos de pesquisa mineral, com ênfase em empresas juniores.

Outra iniciativa é um decreto de 2023 que permite a emissão de debêntures incentivadas para projetos ligados à transformação de minerais estratégicos. Por fim, o Serviço Geológico Brasileiro (SGB) está realizando estudos para mapear áreas com potencial de terras raras e avaliar a extração a partir de rejeitos de mineração. Todos estes esforços podem ajudar a transformar o país em uma potência no setor de terras raras.

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