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Trump Corta US$ 400 Mi da Universidade Columbia por Protestos Antissemitas

 

Governo Trump Anuncia Corte de Financiamento

O governo do presidente Donald Trump tomou uma decisão drástica nesta sexta-feira, 07 de março de 2025, ao anunciar o corte de US$ 400 milhões em financiamento federal destinado à Universidade Columbia, uma das instituições mais prestigiadas dos Estados Unidos. A medida, que equivale a cerca de R$ 2,3 bilhões na cotação atual, foi justificada pela suposta passividade da universidade diante de protestos antissemitas que ocorreram em seu campus, especialmente relacionados à guerra em Gaza.

A decisão foi confirmada por quatro agências federais americanas, que detalharam o cancelamento imediato de contratos e subsídios. Esse movimento é visto como parte de uma estratégia mais ampla do governo Trump para combater o que ele classifica como “antissemitismo nos campi” e “protestos ilegais” em instituições de ensino superior.

Por Que o Corte de Financiamento Aconteceu?

A Universidade Columbia, localizada em Nova York e integrante da renomada Ivy League, esteve no centro de intensas controvérsias nos últimos anos devido a protestos estudantis contra a guerra em Gaza. Esses atos, que eclodiram após os ataques do Hamas a Israel em outubro de 2023, foram marcados por críticas ao apoio dos Estados Unidos a Israel e exigências para que a universidade cortasse laços financeiros e acadêmicos com instituições israelenses.

No entanto, o governo Trump alega que esses protestos ultrapassaram os limites da liberdade de expressão, transformando-se em episódios de “assédio persistente” contra estudantes judeus. Segundo comunicado oficial da Administração de Serviços Gerais dos Estados Unidos (GSA), a instituição falhou em proteger seus alunos de comportamentos antissemitas, o que justificou a suspensão de recursos federais.

A secretária de Educação, Linda McMahon, foi enfática ao declarar: “As universidades devem cumprir as leis federais contra a discriminação se quiserem receber fundos federais. A passividade da Universidade Columbia diante do assédio aos estudantes judeus não será mais tolerada.” Esse discurso reflete a visão de Trump de que as instituições de ensino americanas precisam adotar medidas rigorosas contra o que ele chama de “protestos ilegais”.

Contexto dos Protestos na Universidade Columbia

Origem das Manifestações

Os protestos na Universidade Columbia tiveram início em 2024, quando estudantes montaram acampamentos no campus para expressar solidariedade à população palestina afetada pela guerra em Gaza. Esses movimentos rapidamente se espalharam por outros campi universitários nos EUA, como Harvard e Yale, mas Columbia se destacou como epicentro das manifestações.

Os manifestantes exigiam que a universidade revisse seus investimentos, estimados em US$ 13,6 bilhões, e encerrasse parcerias com empresas e organizações ligadas a Israel. Além disso, criticavam a resposta militar israelense ao ataque do Hamas, que resultou em milhares de mortes e uma crise humanitária em Gaza.

Acusações de Antissemitismo

Embora os organizadores dos protestos neguem qualquer motivação antissemita, afirmando que suas ações visam apenas criticar as políticas de Israel, grupos de estudantes judeus relataram sentir-se intimidados e assediados. Episódios de vandalismo, gritos de slogans controversos e confrontos no campus foram apontados como evidências de um ambiente hostil.

Essas tensões culminaram em abril de 2024, quando a polícia de Nova York invadiu o campus da Columbia, prendeu mais de 100 manifestantes e desmantelou acampamentos. A reitora da universidade na época, Nemat Shafik, enfrentou críticas intensas e acabou renunciando após ser questionada no Congresso americano sobre a gestão dos protestos.

Impacto do Corte de US$ 400 Milhões

O corte de US$ 400 milhões representa cerca de 10% do financiamento federal que a Universidade Columbia recebe anualmente. Esses recursos são essenciais para bancar pesquisas, bolsas de estudo e serviços prestados pela instituição. Com a suspensão imediata dos contratos, a universidade pode enfrentar dificuldades financeiras significativas nos próximos anos.

Além disso, o comunicado oficial sugere que essa é apenas a “primeira série de ações”. Outras medidas podem ser tomadas contra Columbia e até mesmo contra outras universidades que não atendam às exigências do governo Trump em relação ao combate ao antissemitismo nos campi. A instituição ainda detém mais de US$ 5 bilhões em compromissos de subsídios federais, que também podem estar em risco.

Reação da Universidade Columbia

Até o momento, a Universidade Columbia não emitiu uma resposta oficial detalhada sobre o corte de financiamento. No entanto, fontes internas indicam que a administração está avaliando opções legais e estratégias para reverter a decisão. A instituição também prometeu cooperar com investigações federais para tentar recuperar os recursos perdidos.

Trump e o Combate ao Antissemitismo

A decisão de cortar o financiamento da Universidade Columbia reflete uma promessa de campanha de Donald Trump, que assumiu a presidência em 2025 com um discurso focado em “lei e ordem”. Durante a campanha de 2024, ele classificou os protestos pró-Palestina como parte de uma “revolução radical” e prometeu punir universidades que não controlassem tais manifestações.

Em maio de 2024, durante um evento com doadores em Nova York, Trump afirmou que faria o movimento antissemita “retroceder 25 ou 30 anos” se fosse reeleito. Agora, com o corte de US$ 400 milhões, ele demonstra que está disposto a usar o poder econômico do governo federal para impor sua agenda nas instituições de ensino.

Além disso, Trump assinou ordens executivas em janeiro de 2025 para combater o antissemitismo nos campi universitários. Essas medidas incluem a deportação de estudantes estrangeiros que participaram de protestos considerados “pró-Hamas” e a exigência de que as universidades monitorem atividades potencialmente discriminatórias.

Repercussão Nacional e Internacional

Nos Estados Unidos

A decisão de Trump dividiu opiniões nos EUA. Republicanos e grupos conservadores aplaudiram a medida, argumentando que ela protege os direitos dos estudantes judeus e envia uma mensagem clara contra o antissemitismo. Por outro lado, ativistas pró-Palestina e defensores da liberdade de expressão criticaram o corte, alegando que ele criminaliza críticas legítimas a Israel e silencia o debate acadêmico.

A Câmara dos Representantes, controlada por republicanos, também está envolvida na questão. Em fevereiro de 2025, parlamentares exigiram registros disciplinares da Universidade Columbia relacionados a incidentes no campus, intensificando a pressão sobre a instituição.

No Mundo

Internacionalmente, a medida foi recebida com preocupação por organizações de direitos humanos e acadêmicos, que temem que o precedente estabelecido por Trump possa limitar a liberdade de protesto em universidades ao redor do globo. Países como Catar e Egito, envolvidos em negociações sobre Gaza, evitaram comentários diretos, mas observam os desdobramentos com interesse.

O Futuro da Universidade Columbia

Com o corte de US$ 400 milhões, a Universidade Columbia enfrenta um futuro incerto. Especialistas preveem que a instituição terá de buscar fontes alternativas de financiamento, como doações privadas, para compensar as perdas. No entanto, a polarização em torno dos protestos pode dificultar esse processo, afastando potenciais doadores de ambos os lados do espectro político.

Além disso, a universidade segue sob escrutínio federal. A Força-Tarefa Conjunta de Combate ao Antissemitismo, criada pelo governo Trump, continua analisando o campus e pode recomendar novas sanções. Isso coloca Columbia em uma posição delicada, entre atender às exigências do governo e preservar sua reputação como espaço de debate intelectual.

Conclusão: Um Marco na Gestão Trump

O corte de US$ 400 milhões da Universidade Columbia por protestos antissemitas marca um momento significativo na administração de Donald Trump. A medida reforça sua promessa de combater o que ele vê como desordem nos campi universitários, mas também levanta questões sobre os limites da liberdade acadêmica e o papel do governo no ensino superior.

Enquanto a Universidade Columbia busca se recuperar do impacto financeiro e político, o mundo assiste a um precedente que pode redefinir as relações entre o poder público e as instituições educacionais. Resta saber se outros campi seguirão o mesmo destino ou se encontrarão maneiras de equilibrar protestos e segurança em um cenário cada vez mais polarizado.

 

 


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