Trump x Fed: Tarifas disparam e juros viram ponto de tensão

O presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, afirmou nesta quarta-feira (16) que as tarifas impostas pelo presidente Donald Trump atingiram um nível mais alto do que o previsto — inclusive acima das projeções mais pessimistas.

Durante um evento no Economic Club de Chicago, Powell destacou que, mesmo diante de incertezas, a economia dos EUA segue sólida.

No entanto, ele alertou para os impactos do chamado “tarifaço” de Trump, que pode prejudicar a atuação do Fed na missão de equilibrar inflação e mercado de trabalho.

“As tarifas são maiores do que aquelas que os analistas previam — e certamente maiores do que esperávamos, mesmo no nosso cenário mais extremo”, afirmou Powell.

A preocupação do banco central norte-americano gira em torno de uma possível elevação da inflação causada pelas tarifas, o que poderia desestimular o consumo interno, um dos principais motores da economia dos EUA.

Fed deve manter juros estáveis

Diante desse cenário de incertezas, Powell sinalizou que o Fed deve manter a taxa básica de juros inalterada na próxima reunião marcada para os dias 6 e 7 de maio. A justificativa, segundo ele, é a necessidade de “maior clareza antes de considerar quaisquer ajustes”.

Trump rebate críticas e pressiona Fed

A resposta de Donald Trump veio com força no dia seguinte. Em coletiva de imprensa ao lado da primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, nesta quinta-feira (17), o presidente dos EUA disparou contra Powell, exigindo um corte imediato nas taxas de juros.

“Powell está sempre atrasado. Ele é muito devagar”, afirmou Trump. E completou: “Ele sairá de lá (do Fed) se eu pedir”.

Reação do mercado: bolsas caem, Bitcoin segue estável

Após as falas de Powell, os mercados tradicionais reagiram negativamente e registraram correções. Já o Bitcoin se manteve relativamente estável, mesmo em meio à tensão macroeconômica.

Gráfico Bitcoin - Tradingview
Gráfico Bitcoin – Tradingview

A criptomoeda segue em região de consolidação após testar uma zona crítica de oferta, com formação de liquidez abaixo dos US$ 83 mil. O movimento sugere que o ativo pode buscar essa liquidez antes de retomar o movimento de alta. A LTB foi rompida, o que pode ser um sinal técnico importante.

Com o feriado e as bolsas fechadas, a liquidez está reduzida — o que exige atenção redobrada para o final de semana, período geralmente mais volátil no mercado cripto.

Agora o mundo está de olho no acordo entre EUA e China. Fator que pode impulsionar o preço dos ativos de risco e melhorar o otimismo do mercado.

Fonte: Trump x Fed: Tarifas disparam e juros viram ponto de tensão

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