Uma nova potência militar pode surgir – e a aposta está nos preços baixos

A Índia tem buscado se aproveitar das disputas globais para se tornar uma das potências do futuro. O país já atingiu avanços importantes no setor espacial e tem promovido grandes investimentos em chips semicondutores, por exemplo.

Mas os planos indianos não param por aí. O primeiro-ministro Narendra Modi quer transformar o país em um dos maiores fabricantes de armas do planeta. E a ideia é fornecer os armamentos com um preço muito abaixo dos demais.

País quer absorver a demanda de outras nações

  • Este novo mercado em potencial foi identificado pelos indianos após o início da guerra entre Rússia e Ucrânia.
  • Milhares de armamentos foram enviados para Kiev, enquanto as fábricas russas passaram a produzir munições quase exclusivamente para o conflito.
  • Isso fez com que outras nações que historicamente dependiam de Washington e Moscou, os dois maiores exportadores de armas do mundo, buscassem novas alternativas.
  • A ideia da Índia é absorver esta demanda de governos que sempre dependeram da importação de armas.
  • As informações são da Reuters.
Guerra no leste europeu tem sido o destino da maior parte das armas do mundo (Imagem: evan_huang/Shutterstock)

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Alta capacidade de produção e preços mais baixos

Em razão de estar em uma área bastante instável, sendo vizinha de países como China e Paquistão, a Índia sempre teve a sua própria indústria de armas. No entanto, foi só recentemente que as empresas privadas indianas começaram a fabricar munições e equipamentos de alta qualidade.

A Índia produziu, entre 2023 e 2024, US$ 14,8 bilhões em armas, um aumento de 62% desde 2020. O país ainda começou a intermediar reuniões entre delegações visitantes, além de demonstrar equipamentos mais sofisticados, como helicópteros de combate, durante exercícios militares.

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Índia pode produzir munições de forma muito mais barata (Imagem: em_concepts/Shutterstock)

O governo de Modi estabeleceu uma meta de dobrar as exportações de armas e equipamentos para US$ 6 bilhões até 2029. O objetivo é vender munições, armas pequenas e outros componentes de equipamentos de defesa a preços mais baixos. O país pode produzir munição de artilharia de 155 mm por cerca de US$ 300 a US$ 400 cada, enquanto os equivalentes europeus são vendidos por mais de US$ 3 mil.

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