Vale a pena dirigir um carro elétrico na Uber ou 99?

Com o aumento nos preços dos combustíveis e a crescente preocupação com o meio ambiente, muitos motoristas de aplicativo têm considerado adotar o carro elétrico como alternativa.

Modelos como o BYD Dolphin Mini, cada vez mais presente nas ruas brasileiras, chamam atenção por prometerem economia, conforto e baixa manutenção.

Mas será que dirigir um carro elétrico na Uber ou na 99 realmente vale a pena? Entre incentivos, limitações de infraestrutura e diferenças entre os aplicativos, a escolha ainda exige planejamento e avaliação cuidadosa.

Byd Dolphin Mini (Imagem divulgao BYD)

Índice

Quais as vantagens e desvantagens de dirigir um carro elétrico na Uber?

Nos últimos anos, os carros elétricos têm ganhado as ruas brasileiras, inclusive entre os motoristas de aplicativo. Com o crescimento da frota e o aumento do interesse por alternativas sustentáveis, surge a pergunta: vale a pena dirigir um carro elétrico na Uber?

Um dos modelos mais vistos atualmente é o BYD Dolphin Mini, que tem se popularizado entre os motoristas justamente pelo seu custo mais acessível e autonomia compatível com o dia a dia das corridas. Entre as principais vantagens está o custo por quilômetro rodado.

Enquanto um carro a combustão consome gasolina ou etanol, o Dolphin Mini roda até 265 km com uma carga completa e custa, em média, R$ 20 para ser totalmente recarregado em uma tomada comum. Isso representa uma economia considerável para quem roda o dia inteiro, especialmente se comparado aos constantes aumentos no preço dos combustíveis fósseis.

Imagem-conceito de manutenção de carro elétrico
Imagem-conceito de manutenção de carro elétrico. Imagem: BLKstudio / Shutterstock

Além disso, o carro elétrico possui manutenção mais simples e barata. Como não tem motor a combustão, dispensa troca de óleo, correias, filtros e outras peças que geram gastos frequentes em modelos tradicionais. O Dolphin Mini, por exemplo, exige basicamente revisões dos sistemas de freios, suspensão, pneus e verificação da parte elétrica, o que reduz os custos de oficina e o tempo parado.

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A experiência de direção também é um diferencial. O carro é silencioso, tem aceleração rápida e responde bem no trânsito urbano.

Na Uber, embora ainda não exista uma categoria exclusiva para veículos elétricos no Brasil, o modelo pode ser usado em categorias como Uber Comfort, onde veículos mais novos e espaçosos têm preferência.

A plataforma já anunciou incentivos pontuais em algumas cidades, como taxas reduzidas ou bônus por número de viagens, para motoristas com carros elétricos, mas esses benefícios ainda são limitados e variam conforme a localidade.

Carro elétrico carregando em meio a natureza
Imagem: Ralf Hahn / Shutterstock

Por outro lado, há desvantagens. O principal desafio é a infraestrutura de recarga. Embora o BYD Dolphin Mini permita carregamento em casa, com tomada comum, isso leva de 8 a 10 horas.

Já os pontos de recarga rápida ainda são escassos em muitas cidades brasileiras. Um motorista que roda o dia inteiro precisa planejar bem seus trajetos e, eventualmente, lidar com filas ou longas esperas para recarregar o veículo.

Outro ponto é o custo inicial do carro. Mesmo sendo um dos elétricos mais baratos do mercado nacional, o Dolphin Mini ainda custa mais de R$ 100 mil. Isso o torna menos acessível para quem está começando ou depende de aluguel de veículos.

Atualmente, poucas locadoras oferecem o modelo em planos compatíveis com a renda de um motorista de aplicativo, o que limita seu uso a quem já tem capital ou crédito para financiar.

Quais as vantagens e desvantagens de dirigir um carro elétrico na 99?

A plataforma 99 vem se destacando entre os aplicativos por incentivar de forma mais direta o uso de veículos elétricos. Desde 2023, a empresa mantém categorias específicas e ações voltadas para a eletrificação da sua frota de motoristas parceiros, inclusive com parcerias para aluguel e recarga.

Motoristas que utilizam o BYD Dolphin Mini na 99 têm acesso à categoria 99 Elétrico, disponível em cidades como São Paulo, que oferece ganhos maiores por quilômetro e prioridade na aceitação de corridas.

Uma das grandes vantagens para quem dirige carro elétrico na 99 é a menor taxa de serviço cobrada pela plataforma nessas categorias especiais. Isso significa que o motorista fica com uma fatia maior do valor da corrida.

Além disso, há bônus de produtividade específicos para quem opera com veículos elétricos, o que pode aumentar ainda mais o rendimento no fim do mês. A 99 também tem buscado melhorar a infraestrutura para esses veículos.

Em algumas regiões, a empresa mantém convênios com eletropostos e oferece descontos ou gratuidade na recarga. O Dolphin Mini, com sua autonomia urbana e recarga doméstica viável, encaixa-se bem nesse modelo de operação, sobretudo para motoristas que fazem muitas viagens curtas e podem recarregar o carro em casa à noite.

Carro elétrico com chip de condução inteligente – renderização 3D. / Crédito: bclass (Shutterstock/reprodução)

No entanto, assim como na Uber, o custo inicial do carro é um obstáculo. Apesar da 99 ter parcerias com locadoras que oferecem carros elétricos para motoristas cadastrados, o número de unidades disponíveis ainda é pequeno. Muitos interessados enfrentam fila de espera ou precisam se deslocar até grandes centros para conseguir o veículo.

Além disso, fora das grandes cidades, a categoria 99 Elétrico ainda não está disponível, o que limita os ganhos extras.

Outro ponto negativo é o tempo de recarga. Mesmo com parcerias para eletropostos, o motorista precisa administrar bem sua agenda para não ficar parado em horários de pico. A espera por uma vaga ou falhas nos carregadores também são comuns e podem impactar a produtividade de um dia inteiro de trabalho.

No fim das contas, dirigir um carro elétrico como o BYD Dolphin Mini pode sim valer a pena para motoristas da Uber e da 99, mas isso depende da estrutura disponível na cidade, do perfil de uso e das condições de aquisição do veículo.

Para quem consegue aproveitar os incentivos e recarregar o carro em casa, o modelo oferece uma economia real e um conforto maior ao dirigir. No entanto, quem depende de locação e atua em regiões com pouca infraestrutura de recarga pode enfrentar desafios que inviabilizam o investimento no curto prazo.

Com planejamento, bons hábitos de condução e atenção às rotas, o carro elétrico pode ser uma alternativa sustentável e rentável para motoristas de aplicativo, desde que as plataformas continuem ampliando seu apoio e infraestrutura para esses veículos.

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