Durante a Febraban Tech na última quarta-feira (12), o economista e vencedor do Prêmio Nobel, Paul Romer, fez duras críticas ao uso atual da inteligência artificial (IA) por grandes empresas de tecnologia.
No painel “Inovação, crescimento e o futuro da economia na Era da Inteligência”, Romer alertou sobre promessas exageradas e falta de transparência.
“As empresas vendem a ilusão de que a IA resolve tudo com precisão, o que é falso — e perigoso”, afirmou, citando falhas graves, como o caso de um carro autônomo da Tesla que confundiu luz solar e causou um acidente fatal.
Inovação sem responsabilidade
- Para Romer, o avanço tecnológico tem superado os princípios de cautela e responsabilidade.
- Premiado por sua teoria da “economia das ideias”, ele defende o progresso baseado em ciência aberta e rigorosa.
- “A ciência sempre prezou pela reputação e pelo compartilhamento de conhecimento. Empresas hoje escondem falhas”, disse ele.
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Inteligência artificial? Romer sugere chamarmos por outro nome
Ele também criticou a expressão “inteligência artificial”, sugerindo “aprendizado limitado de máquina” (LML), termo que considera mais realista. Reforçou a importância de testar, revisar e comunicar erros, e condenou a pressa de mercado em lançar produtos inacabados.
Apesar das críticas, Romer vê valor na IA quando usada com responsabilidade. “Erros são inevitáveis, mas não podem ser ignorados. A IA é promissora, mas ainda é fraca. Não devemos confiar cegamente no que nos vendem.”

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